O Governo do Estado marcou presença no segundo dia do Programa de Formação de Presidentes das Cooperativas Agropecuárias, organizado pela Ocepar (Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Paraná), realizado nesta sexta-feira (20). Representando o governo, o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, destacou a importância da capacitação de líderes cooperativistas para o desenvolvimento econômico do Paraná e o fortalecimento do setor agropecuário.
O evento faz parte do novo ciclo de planejamento estratégico da Ocepar, o PRC300, que projeta um faturamento anual de R$ 300 bilhões para as cooperativas paranaenses até 2026. Em sua fala, Guto Silva reforçou a necessidade de alinhar as estratégias públicas com as demandas das cooperativas, que crescem cerca de 20% ao ano no estado e desempenham um papel crucial na economia paranaense. “Estamos construindo esse planejamento a quatro mãos para que o crescimento das cooperativas esteja integrado ao orçamento do Estado, com um olhar de médio e longo prazo, sincronizando ações e investimentos”, afirmou.
O secretário apresentou os investimentos planejados pelo governo e destacou que o Paraná, se mantiver um crescimento constante de 1% ao ano, deve alcançar a 4ª posição entre as maiores economias do Brasil. Ele também ressaltou a importância de estreitar as relações com o setor cooperativo, que está em um processo acelerado de industrialização e, consequentemente, gerando novas demandas para o poder público, especialmente em infraestrutura e conectividade. “Não há como pensar no futuro do Estado sem essa parceria com as cooperativas, que são um verdadeiro exemplo de sucesso para o Brasil. Contudo, esse crescimento traz desafios que precisam ser enfrentados de forma colaborativa”, frisou.
Um dos destaques do encontro foi a palestra de Marcos Troyjo, ex-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, conhecido como Banco do BRICS, que abordou os desafios e oportunidades para o sistema cooperativo no mercado global. Ele enfatizou a importância de ampliar os mercados externos, aproveitando o potencial brasileiro na produção de alimentos e energia verde. “O mundo vai necessitar de mais alimentos e energia, e o Brasil, com seus recursos naturais e capacidade produtiva, está em posição privilegiada para atender essa demanda crescente”, afirmou Troyjo.
O presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken, também destacou a relevância da capacitação contínua dos dirigentes