Planejamento atualiza andamento do Plano de Hidrogênio e colhe demandas relacionadas ao biogás


Nesta quarta-feira (24), no primeiro encontro do ano do Grupo Biogás e Hidrogênio Verde, que reúne diversas partes interessadas do Governo do Paraná ligadas ao tema, a Secretaria de Estado do Planejamento do Paraná (SEPL) trouxe atualizações sobre o andamento do Plano de Hidrogênio do Paraná, contratado junto à Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) e recolheu novas demandas em ambas as energias renováveis, que vêm sendo estimulada no Estado.

Durante a reunião, o secretário de Estado do Planejamento, Guto Silva, anunciou que, durante o Show Rural Coopavel, que acontece de 5 a 9 de fevereiro em Cascavel, serão apresentadas novas ações do Governo para estimular as cadeias do H2 e do biogás no Estado.

“O Show Rural é uma vitrine do agronegócio e, como o Paraná tem toda uma política já estabelecida para poder desenvolver novos negócios em energias renováveis, estaremos com o governador Carlos Massa Ratinho Júnior e toda a equipe do governo apresentando as novas ações do governo para estimular ainda mais essa produção”, disse Guto Silva.

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O secretário de Estado lembrou que, pelas características únicas do Estado, o Paraná está preparado para ampliar a diversificação de uma matriz energética sustentável, para ir além dos bons números: 98% das fontes energéticas do Paraná são provenientes de fontes renováveis.

“Estamos diante de uma “Arábia Saudita” de biogás e de biomassa, devido à vocação do Paraná na produção agrícola e, agora, teremos condições de aproveitar todo esse volume de biomassa para gerar gás, gerar energia e alternativas para o nosso Paraná. Em breve teremos anúncios importantes para podermos estimular ainda mais a cadeia de desenvolvimento de hidrogênio e de biogás no Paraná”, disse Guto Silva.

O consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) no Paraná, Rodrigo Régis, citou que o Produto 5 do Plano de Hidrogênio foi finalizado e que, nesta fase, estão sendo feitas análises dos principais potenciais consumidores, das aplicações de hidrogênio direto e de demandas de uso no Estado.

“Estamos trabalhando, agora, na consolidação do relatório final, mas levantamos todo o potencial do Estado do ponto de vista não só de geração de energia, por mesorregião, como também em termos de infraestrutura, olhando três rotas básicas: prontidão tecnológica, comercial e maturidade de mercado”, explicou Régis, assinalando que a apresentação completa será feita em meados de fevereiro próximo.

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Segundo ele, a rota da eletrólise, biogás e da reforma do etanol para o transporte do hidrogênio renovável estão, em termos de prontidão tecnológica e comercial, mais prontas, enquanto outras rotas serão trabalhadas para se ter um melhor endereçamento delas.

“Existe aplicação de hidrogênio e derivados de maneira mais rápida, onde já está sendo consumido, ou de metanol, diretamente na indústria. Para o futuro, as cadeias na produção de cimento, siderurgia e transportes vão ganhar mais força. Mas olhando esse mercado hoje, fizemos um levantamento da demanda brasileira e criamos simulações, trazendo algumas demandas reais de hidrogênio renovável no estado do Paraná”, disse ele.

Entre os participantes presenciais e virtuais estiveram o secretário de Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros, o presidente da Compagas, Rafael Lamastra Jr. e representantes da Copel, Sanepar, Fipe, IDR, IAT, Faep, Sedest, Abiogás, BRDE, Fiep, Ocepar, InvestPR, Seti, Tecpar, Alvarez & Marsal, CIBiogás e Itaipu Binacional.